Bicho-Grilo
Meninada,
ultimamente tenho freqüentado alguns ambientes em minha vida noturna, que me deixaram com uma dúvida: é impressão minha, ou estamos sendo invadidos por uma legião de Bichos-grilo?
Se for a primeira vez que escutam a expressão “Bicho-Grilo”, não se preocupem, faço questão de explicar.
O Bicho-grilo não é nenhum resultado mal feito de um cruzamento entre um intelectual da USP, um hippie da Bolívia e um capoeirista do Pelourinho.
O Bicho-grilo é oriundo do movimento hippie, ou melhor, o que restou dele. Eles são reconhecidos por nunca saberem o que é estar na moda. Eles usam batas coloridas baratas, lenços na cabeça, tomam muita cerveja, fumam um cigarrinho perfumado, colocam nomes em seus filhos como Cauê, Aritana, Stalimir ou Krishna, além é claro, de usarem um vocabulário de apenas quatro expressões: "só", "meu", "muito louco" e "tô louco pra caralho."
Porém, a invasão que descrevi no início da coluna, é de um novo tipo de Bicho-grilo.
Um tipo que também usa batas coloridas, mas pagam 10 vezes mais por elas, em butiques de shopping. Na verdade, os novos Bichos-grilo são em grande maioria, os mesmos que antes eram os Agro-boys, os Funkeiros, as Jade-girls (quem não se lembra da moda da novela O Clone).
Mas já que tudo nesta vida tem seu lado bom, pelo menos este novo modelo de Bicho-grilo ainda escuta música de qualidade.
Bandas como Cordel do Fogo Encantado e Virgílio Mais Noís, que misturam em suas músicas instrumentos percussivos com o violão de raiz, impulsionam esta “nova” moda (já que seus integrantes também a utilizam), além de levarem cada vez mais pessoas em seus shows.
Já assisti ao Cordel em uma oportunidade, além de assistir sempre que posso as apresentações do Virgílio Mais Noís (tenho que reconhecer, gosto muito do som que eles fazem), mas sei que nesse meio, até no alternativo existe o alternativo.
Esta semana, tive acesso ao trabalho de uma banda aqui da terrinha, é daqui mesmo, do interior da alterosas e o que é melhor, o interesse desta banda é na desconstrução e questionamento deste modelo de “resgate da cultura popular”.
Ela se chama Vó Cabocla e pelo que escutei, eles fazem um som na mesma linha de Virgílio e Cordel, mas com uma grande diferença: não precisam de figurino para se apresentar.E disso eu gosto muito!
ultimamente tenho freqüentado alguns ambientes em minha vida noturna, que me deixaram com uma dúvida: é impressão minha, ou estamos sendo invadidos por uma legião de Bichos-grilo?
Se for a primeira vez que escutam a expressão “Bicho-Grilo”, não se preocupem, faço questão de explicar.
O Bicho-grilo não é nenhum resultado mal feito de um cruzamento entre um intelectual da USP, um hippie da Bolívia e um capoeirista do Pelourinho.
O Bicho-grilo é oriundo do movimento hippie, ou melhor, o que restou dele. Eles são reconhecidos por nunca saberem o que é estar na moda. Eles usam batas coloridas baratas, lenços na cabeça, tomam muita cerveja, fumam um cigarrinho perfumado, colocam nomes em seus filhos como Cauê, Aritana, Stalimir ou Krishna, além é claro, de usarem um vocabulário de apenas quatro expressões: "só", "meu", "muito louco" e "tô louco pra caralho."
Porém, a invasão que descrevi no início da coluna, é de um novo tipo de Bicho-grilo.
Um tipo que também usa batas coloridas, mas pagam 10 vezes mais por elas, em butiques de shopping. Na verdade, os novos Bichos-grilo são em grande maioria, os mesmos que antes eram os Agro-boys, os Funkeiros, as Jade-girls (quem não se lembra da moda da novela O Clone).
Mas já que tudo nesta vida tem seu lado bom, pelo menos este novo modelo de Bicho-grilo ainda escuta música de qualidade.
Bandas como Cordel do Fogo Encantado e Virgílio Mais Noís, que misturam em suas músicas instrumentos percussivos com o violão de raiz, impulsionam esta “nova” moda (já que seus integrantes também a utilizam), além de levarem cada vez mais pessoas em seus shows.
Já assisti ao Cordel em uma oportunidade, além de assistir sempre que posso as apresentações do Virgílio Mais Noís (tenho que reconhecer, gosto muito do som que eles fazem), mas sei que nesse meio, até no alternativo existe o alternativo.
Esta semana, tive acesso ao trabalho de uma banda aqui da terrinha, é daqui mesmo, do interior da alterosas e o que é melhor, o interesse desta banda é na desconstrução e questionamento deste modelo de “resgate da cultura popular”.
Ela se chama Vó Cabocla e pelo que escutei, eles fazem um som na mesma linha de Virgílio e Cordel, mas com uma grande diferença: não precisam de figurino para se apresentar.E disso eu gosto muito!
Então, se sair de casa, não assuste. Você não entrou em nenhuma fenda temporal e parou na década de 70. O que antes era estilo, passou a ser banal, já que é moda ser “Bicho-Grilo”.
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