sábado, abril 23, 2005

Constantine

Quem me conhece, sabe o meu vício por quadrinhos, e como todo bom leitor de gibis, estou desencantado com as adaptações para o cinema.

Essas adaptações são a nova moda nos cinemas norte-americanos, todo ano surge pelo menos dois novos herois na telona. Isso é o resultado de uma antiga guerra dos quadrinhos que agora ganhou um novo campo de batalha. De um lado a poderosa MARVEL (detentora de títulos como Homem-Aranha, Demolidor, Justiceiro e Quarteto fantástico) e do outro, a clássica DC Comics (detentora de títulos como Super-Homem, Batman e Mulher Maravilha).

Nos cinemas, a Editora Marvel tem dado de goleada, apesar do grande número de fãs que não gostaram das mudanças feitas nos seus personagens para irem ao cinema. Já a DC, tem dado um vexame após o outro (que o diga a adaptação de Mulher-Gato para o cinema).

Porém, a DC parece que acordou no jogo. A editora reformulou todas as adaptações de seus herois para o cinema, inclusive filma um novo Batman e um novo Super-Homem, que já estão sendo esperados com grande expectativa.

A expectativa tem motivo, é que o primeiro filme desta nova linha DC, é Constantine.
Para quem não o conhece, John Constantine é um personagem criado por Alan Moore e faz parte da linha VERTIGO/DC, uma linha de quadrinhos par adultos.

John é um exorcista veterano, que cruza as ruas de Los Angeles atrás de qualquer coisa que comprometa o equilíbrio das duas "superpotências originais", o Céu e o Inferno. Desde o início da humanidade, Deus e o Diabo mantêm um pacto: podem influenciar o livre-arbítrio das pessoas, tentando levar suas almas para um dos dois planos. Seus agentes são os mestiços, anjos e demônios que caminham pela Terra disfarçados como nós.

Ontem fui ao cinema assistir o filme. Cheguei temeroso por mais uma péssima adaptação, mas saí completamente eufórico.

John Constantine é um personagem britânico, mas na adaptação para o cinema, John foi obrigado a perder o sotaque, os cabelos loiros e a deixar de viver na terra da Rainha. Dessa forma, para agradar o público norte-americano, todas as referências à terra natal de Constantine foram apagadas e ele tornou-se um cidadão dos Estados Unidos. A boa notícia é que ele certamente não vota em George W. Bush.

Apesar das mudanças estéticas, a alma cinza (tanto pela personalidade quanto pela fumaça de cigarro) de Constantine permanece intacta. O velho ocultista dos quadrinhos mantém seu charme, seu cinismo e o humor negro na versão hollywoodiana. O papel título caiu como uma luva para o "predestinado" Keanu Reeves, que viu casados com perfeição seus talentos notoriamente limitados com a atitude blasé do personagem.

Só espero que a DC possa fazer por outros herois, o mesmo que fez por Constantine. É difícil ver dois herois de minha infância, como Batman e Super-Homem, serem ridicularizados por atores e roteiros xinfrins.

Postado por Joubert Amaral - 15:10

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